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Conturbada, a resenha #1

  • Foto do escritor: Thaís Pereira
    Thaís Pereira
  • 5 de set. de 2020
  • 4 min de leitura

Sobre a vida, lançamentos de potências negras, entretenimento e criatividade.


Juntando a hora comercial de trabalho e o tempo dedicado as redes sociais, passo a maior parte do dia na internet. Bombardeada o tempo inteiro, por uma enxurrada de informações e notícias, de todos os lados.


Há muito tempo, queria produzir algo. Dentre os projetos, já estão na gaveta: planejamentos de jornais, blogs, produtora de vídeo, mas nunca saí nada do papel. Antes mesmo de fazer o que gostamos, precisamos fazer para sobreviver, o resto vai ficando de lado!


Foi daí que surgiu a ideia de uma newsletter para chamar de minha…


Para refletir


Coincidência ou não, a ideia surgiu a pouco tempo e a estreia caiu no meu aniversário. O que me fez ter uma breve crise existencial. Na real, essa crise vem acontecendo durante toda a reclusão de quarentena. Não sei se, é só comigo, mas, já me revoltei algumas vezes e me distanciei de pessoas que me faziam mal, mas eu relevava, porque de alguma forma, eu achava que elas eram importantes para mim.


Então um dia desses, tava refletindo sobre toda minha vida, acabei assistindo a um TEDx Talks da Nataly Neri (@natalyneri), que me fez lembrar da minha infância.


Me vi totalmente em cada palavra de seu discurso. Toda questão social e racial, que me impôs um esteriótipo fictício, o íntimo sexual infantil violado pelos colegas do pai, o fato de não ser branca o bastante para ser considerada “branca” e, não ser preta o suficiente para ser considerada “preta” e uma adolescência totalmente afetada por essas questões. 



Tão afetada, que para muitos familiares próximos, eu era a menina da família que seria mãe adolescente e que chegaria aos 30 anos dependendo do pai. E olha eu: 23 anos, formada, trabalhando com o que gosto, comprando minhas coisas, comendo meu sushi sagrado todo mês. Quebrando todas as expectativas do pré conceito da própria família.


Para ouvir/assitir


O que me remete totalmente ao lançamento do novo single de  Pharrell Wiliams (@pharrell) e Jay-Z, Entrepreneur! Já conferiu?


 No novo clipe, os rappers homenageiam empreendedores negros que sofrem discriminação. Segundo Pharrell, em entrevista para a revista Time (@time):

A intenção é falar sobre como é ser difícil ser um empreendedor neste país, pra começar. Especialmente como alguém preto, existem muitas desvantagens sistêmicas e bloqueios propositais. Como você começa um incêndio, ou até mesmo tem esperança de começar uma chama, se você se depara com desvantagens em relação à saúde, educação e representação?

Não só lá nos USA, mas aqui no Brasil, empreendedores negros, sobretudo, os periféricos, precisam se esforçar em dobro para mostrar seu valor e capacidade. Por aqui, ainda não empreendemos, mas fazemos nosso corre, para um dia ser nosso próprio chefe. E por aí?! Dá um biscoito para esse single, que ficou muito bom:



Falando em lançamento...

“Eu tenho algo a dizer e explicar pra você, mas não garanto porém, que engraçado eu serei dessa vez…”


De Voz Ativa, Racionais MC’s, 1992, nasceu Voz Ativa 2020. Nova música estrelada por Dexter 8º Anjo (@dexter8anjo) e parceiros rappers: Djonga (@djongador), Coruja BC1 (@corujabc1), DJ Will (@willdeejay) e até mesmo DJ Kl Jay (@kljaydeejay).


Segundo Dexter, em entrevista pra o Alma Preta (@almapretajornalismo), a nova releitura

 ... retrata tudo o que aconteceu em 1992 e agora está acontecendo de novo... na verdade, sempre aconteceu.

Pois é, sempre aconteceu, mas agora com uma diferença. Qualquer pessoa tem uma câmera na mão e  a todo momento, denúncias são virilizadas. Algo a se comemorar?! Comemoração seria, se não precisássemos tocar nesse assunto! Sem nos prolongar muito (se não, escrevo um livro), dá uma apreciada nessa nova versão de Voz Ativa, tá pesado:



O 8º Anjo


Dexter… a primeira vez que ouvi sobre ele, não foi por suas músicas de rap. Foi numa época, em que estava vidrada em documentários nacionais e me deparei com “Entre a Luz e a Sombra”, 2009. 


 O longa, documenta as carreiras dos rappers Dexter e  Afro-X, que começaram ainda dentro do Carandiru, enquanto reclusos. Eles encontraram no rap, uma saída e hoje são grandes nomes do rap nacional. Se liga no trailler:


Para apreciar


O El País ( @elpaisbrasil ), lançou um novo concurso fotográfico. Nele,  fotógrafos independentes retratam a vida cotidiana da periferia, durante esse inferno de pandemia que vivemos. Só tem retrato foda, sob diversas perspectivas! Vou deixar a prévia de alguns vencedores do concurso aqui, mas faz o favor de ir conferir tudo, porque tá lindo!




⬆ “O fotógrafo Roger Silva (@rogersilvafotos), 40 anos, morador da periferia de Maceió, no Alagoas, foi ganhador da microbolsa EL PAÍS e Artisan, com a série de fotografias de autorretrato “Banzo”, que se propõe a discutir as angústias da população negra periférica em tempos de isolamento social.”




⬆ “O fotógrafo Luca Meola (@lucameola1977), retratou a favela do Peri Alto, no extremo da zona norte de São Paulo. Ele ficou em segundo lugar no concurso EL PAÍS Artisan.”




⬆ “A fotógrafa Fiona Forte (@fiona.forte), retratou a a comunidade do Bode, Pina, no Recife. Ela ficou em terceiro lugar no concurso EL PAÍS Artisan.”


Será o IGTV a nova plataforma de séries?!


Quando as pessoas ainda se importavam um pouco, e realmente estavam em quarentena. Fiquei pensando, se essa situação fosse pra sempre, e as gravações de séries, filmes e novelas não fossem mais possíveis, como seriam as novas formas de entretenimento áudio visual?!


Aí me deparo com a websérie de Fernanda Paes Leme (@fepaesleme), Fake Live. Após se curar da covid, a atriz sacudiu a poeira e revolucionou a forma como usamos o Instagram. Na série do IGTV, ela interpreta uma personagem em seu cotidiano com uma história que começa após, perceber que seu Instagram foi clonado. 



Gostoso de mais de assistir e já tem 7 episódios, melhor que Netflix! (mentiraaa rs’).

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