De Marketing a SDR: a transição que me tirou da zona de conforto (e me aproximou do que eu amo fazer)
- Thaís Pereira
- 28 de abr.
- 3 min de leitura
Atualizado: 30 de abr.
Fazer transição de carreira não é fácil. Especialmente quando você ama o que faz, como era o meu caso com o marketing/pp. Só que, mais do que continuar confortável, eu queria evoluir. Ir além da atração de leads, eu queria ver a conversão acontecendo, entender como essa jornada continuava, onde ela emperrava e onde ela florescia. E foi aí que entrei no universo de SDR.
“Mas você deixou o marketing?”
Não. Pelo contrário. Descobri que ser SDR, na essência, é continuar trabalhando com marketing, só que de um jeito mais cirúrgico, mais focado e desafiador. A diferença é que agora não basta só atrair. Agora, eu tenho uma meta de pipeline. Tenho que gerar conversa qualificada. Tenho que entender, rápido, se aquele lead tem fit ou não. E isso exige muito mais estratégia do que eu imaginava.
A ansiedade da primeira reunião
Minha primeira reunião foi um mix de empolgação e afobação. Eu queria tanto entregar resultado logo, provar meu valor, que me joguei com tudo. A conversa foi boa, o lead se interessou, mas… eu esqueci de uma pergunta essencial: “Qual é o seu orçamento?”. No fim, o produto era bom demais pra ele, no sentido literal, o investimento era maior do que ele podia pagar. E eu aprendi na prática: não adianta empolgação sem processo. Vendas exige preparo. Escuta ativa e consultiva. Timing.
Três cursos depois, sigo aprendendo…
Já fiz um curso de SDR, ABM e agora tô mergulhada em um curso/consultoria ainda mais aprofundada. Porque uma coisa é certa: o jogo de vendas muda rápido. E o jeito de me comunicar com cada lead também. A gente tenta, mas não dá pra usar uma régua única. Com cada nova abordagem, cada tentativa de cold call, cada análise de resultado, eu percebo o quanto meu olhar de marketing me ajuda. Mas também vejo onde preciso evoluir!
Os bastidores do processo
Naturalmente, o início de qualquer mudança vem acompanhado de desafios e não foi diferente.
Trabalhar sem uma plataforma de automação de e-mails, por exemplo, tornou o processo mais artesanal. Sem integração com o Outlook ou rastreamento de métricas como aberturas e cliques, a análise das campanhas exige um esforço extra. E com uma equipe enxuta, acabo participando de ponta a ponta: desde a estruturação estratégica das cadências e definição dos públicos até a criação dos materiais ricos, a execução, o acompanhamento dos leads e os ajustes finos no CRM.
É bastante coisa. Mas eu sei que o começo seria assim. E sigo com a certeza de que, ao comprovar que as estratégias estão acelerando o pipeline e gerando resultado, virão mais investimentos, mais ferramentas e mais estrutura para fazer um trabalho ainda mais potente.
Ainda sou Thaís. Só que agora com mais meta, mais foco, mais impacto…
Se antes meu papel era atrair, agora também é converter. E fazer isso respeitando o tempo do lead, mas também cuidando da minha meta. A virada de chave não foi apenas profissional. Foi interna. Sair do marketing e virar SDR me fez mais atenta, mais rápida, mais focada em resultado, sem perder a essência de quem comunica com empatia.
Essa transição me tirou da zona de conforto, mas me trouxe um aprendizado que vale ouro: o que você ama fazer pode ter várias formas. E todas elas podem ser caminhos para algo ainda maior!
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